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17/11/2025

Jonas Filho
07/11/2025 06:53 16/11/2025 06:00

 

 

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), reconheceu o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) — seu antigo partido — como amicus curiae nas ADIs que questionam regras de escolha de conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA). A participação do partido, no entanto, gerou críticas por sua relação histórica com o ministro.

 
 
 
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As ADIs 7603, 7605 e 7780 envolvem dispositivos da Constituição estadual do Maranhão, do Decreto Legislativo 151/1990 e do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Maranhão. Eles regulam o processo de indicação e aprovação dos conselheiros do TCE-MA. As ações foram propostas pelo Partido Solidariedade e pela Procuradoria‑Geral da República, que alegam violação dos princípios da publicidade, transparência e moralidade no processo.

O pedido do PCdoB
O PCdoB requereu sua admissão como amicus curiae argumentando ter interesse jurídico relevante, já que a escolha de conselheiros afeta o controle público e o equilíbrio entre poderes. A ação tramita no STF sob relatoria de Flávio Dino, que foi filiado ao partido por cerca de 15 anos.
 
 
 

O posicionamento do ministro

 

Flávio Dino rejeitou a impugnação da Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV) — que alegava que os partidos federados agem como uma entidade única — e reconheceu que a Lei 14.208/2021 preserva a identidade jurídica dos partidos em ações de controle de constitucionalidade. Segundo o ministro, cada partido pode atuar autonomamente em ADIs.

 
 
 

Implicações para o processo

 

Com o reconhecimento, o PCdoB poderá apresentar subsídios técnicos e jurídicos no processo. A decisão assume repercussão além do Maranhão, pois poderá servir de parâmetro para outros estados, dada a simetria entre constituições estaduais e a federal, como apontado por Flávio Dino.