PL Antifacção: alterações de Derrite geram reação no governo e na PF;
PL Antifacção: Alterações de Derrite Geram Reação no Governo e na PF
O projeto de lei antifacção, enviado pelo governo ao Congresso Nacional, está gerando polêmica após alterações propostas pelo relator, deputado Guilherme Derrite (PP-SP).
Principais Pontos de Discordância:
- Facção Criminosa x Lei Antiterrorismo:
Derrite incluiu na Lei Antiterrorismo condutas atribuídas a organizações criminosas, milícias e grupos paramilitares, sujeitando esses crimes às mesmas penas aplicadas a atos terroristas. O governo critica essa mudança, alegando que pode abrir espaço para intervenções estrangeiras no Brasil.
- Agravantes:
Derrite incluiu 11 condutas de organizações criminosas e milícias, com aumento de pena de metade a dois terços quando o crime for praticado pelo chefe da organização.
- Competência da Polícia Federal:
Derrite estabeleceu que as polícias civis estaduais investigarão organizações criminosas, com a PF atuando apenas em casos específicos. A PF vê perda de autonomia nessa proposta.
Reações:
- O governo critica as alterações, alegando que podem trazer danos econômicos e diplomáticos para o Brasil.
- A PF também critica a proposta, alegando que retira autonomia da corporação para iniciar investigações contra facções criminosas.
O que muda:
- Aumento de penas para organizações criminosas
- Criação de um banco nacional de organizações criminosas
- Infiltração de delatores
- Mudanças na Lei de Execução Penal e Progressão de pena
O projeto segue em tramitação no Congresso Nacional, com a expectativa de que seja aprovado nos próximos meses.